VENDAS DE MATERIAIS ATINGIRAM R$ 105 BI EM 2010

Segundo estudo da Abramat, cadeia produtiva da construção representou 8,1% do PIB brasileiro no ano passado


O valor líquido das vendas da indústria de materiais de construção atingiu R$ 105,4 bilhões, em 2010, resultado 8,2% superior ao INCC (Índice Nacional de Custo da Construção) e 15% maior que o registrado em 2009. Os dados são do Perfil da Cadeia Produtiva da Construção, produzido pela Abramat (Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Construção) em parceria com a FGV (Fundação Getúlio Vargas). Segundo o estudo, divulgado nesta terça-feira, as vendas no varejo aumentaram 13,7%, chegando a R$ 55,2 bilhões. A arrecadação de impostos foi de R$ 62,5 bilhões, 22,5% superior ao que foi arrecadado em 2009. Já a carga tributária incidente sobre a cadeia caiu de 23,5% para 21% do PIB, ainda assim houve crescimento real da arrecadação. "Mesmo com a manutenção das medidas de desoneração fiscal adotadas nos anos anteriores e mantidas em 2010, a arrecadação aumentou significativamente", disse Walter Cover, presidente da Abramat. No ano passado, a cadeia produtiva da construção civil representou 8,1% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro em 2010, o equivalente a R$ 297,6 bilhões. De acordo com a Abramat, entre 2009 e 2010, o valor adicionado da cadeia produtiva da construção, isto é, o PIB setorial, cresceu 15,3% acima do INCC. O estudo mostrou ainda que a ocupação no segmento cresceu quase 9% no ano passado, resultando na criação de quase 56 mil novos postos de trabalho. Estimativas A Abramat reduziu, novamente, a estimativa de crescimento nas vendas de materiais para 2011, desta vez para 4%. No início do ano a previsão era de 9%, depois caiu para 7% no meio do ano e, nos últimos meses, estava estimada em 5%. Assim, a associação estima que as vendas de materiais atinjam, ao final do ano, cerca de R$ 113 bilhões. Cover acredita que "houve otimismo exagerado das empresas no início do ano, que projetaram um grande crescimento para 2011. Mas estamos encarando com normalidade essa redução de expectativa de crescimento. Afinal, não é ruim crescer 4%." Com relação à balança comercial, a associação acredita que o déficit comercial registrado em 2010, cerca de R$ 1,6 bilhão, deve aumentar para R$ 2 bilhões ao final de 2011.   Por Romário Ferreira
Fonte: PiniWeb