VENDAS DO COMÉRCIO VAREJISTA BRASILEIRO DEVEM CRESCER 6,5% EM 2012

O comércio varejista brasileiro deve registrar crescimento de 6,5% nas vendas deste ano, segundo expectativa da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens Serviços e Turismo) divulgada nesta quinta-feira (12).

Para a entidade, a expectativa positiva está relacionada ao crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) do País, cuja previsão é de alta de 3,5%, ao arrefecimento da inflação, à expansão das concessões de crédito às pessoas físicas em patamar próximo ao de 2010, bem como ao crescimento de 6,6% da massa de rendimentos da população ocupada. Semestre Ao analisar os semestres, os dados apontam que, nos primeiros seis meses do ano, o comércio será afetado pelas incertezas do mercado externo. “Qualquer cenário deve levar em conta essas condições”, explica o economista da CNC, Marianne Hanson. Já no segundo semestre, a entidade acredita que as políticas econômicas adotadas recentemente pelo Brasil “serão sentidas em sua plenitude”, o que refletirá de maneira positiva no desempenho do comércio. Mercado de trabalho O levantamento aponta ainda a previsão para o mercado de trabalho em 2012. De acordo com a CNC, após o esfriamento observado no final de 2011, o mercado tende a registrar uma leve recuperação em 2012. O desaquecimento nas oportunidades de trabalho ocorreu pela desaceleração da economia brasileira. Até novembro, o País gerou 2,32 milhões vagas de emprego. Este cenário pode impedir uma recuperação mais forte no ritmo de criação de postos no primeiro semestre. “Contudo, a manutenção da confiança em alta, tanto do empresário, como do consumidor, aliada à expectativa de reaceleração da própria atividade, deve impactar positivamente sobre o emprego já a partir da segunda metade do ano”. Varejo em 2011 Ao analisar a situação do comércio em 2011, a CNC explica que a trajetória de vendas foi de desaceleração. No último trimestre do ano passado, houve alta de 5,6%. No mesmo período de 2010, o crescimento foi mais expressivo, de 9,7%. O resultado de 2011 pode ser explicado pelo ritmo mais baixo de geração de emprego e renda, concessão de crédito, um elevado patamar de endividamento das famílias e aumento do custo de vida. Por Karla Santana Mamona / InfoMoney
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