As vendas do comércio varejista cresceram em outubro deste ano, frente ao mesmo mês do ano passado, de acordo com o Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio, divulgado nesta sexta-feira (4).
O indicador mostra que, no mês passado, houve um aumento de 6,9% nas comercializações do varejo, na comparação com outubro de 2010. No acumulado do ano, as vendas do comércio varejista cresceram 9,1% na comparação com o mesmo período do ano passado. Frente a setembro, houve ligeira alta de 0,3%, descontadas as influências sazonais.
Material de Construção cresce forte no acumulado
O resultado registrado na passagem de setembro para outubro foi puxado pela alta em apenas dois dos seis segmentos, sendo eles: Supermercados, Hipermercados, Alimentos e Bebidas com expansão de 0,4% e de Tecidos, Vestuários, Calçados e Acessórios, com alta de 0,7% na passagem mensal.
Por outro lado, as quedas mensais foram observadas em Combustíveis e Lubrificantes (-1,2%), Móveis, Eletrônicos e Informática (-0,2%), Veículos, Motos e Peças (-0,5%) e Material de Construção (-0,5%).
Analisando o acumulado do ano, isto é, de janeiro a outubro de 2011, o avanço de 9,1% foi impulsionado, sobretudo, pela alta de 11,4% em Material de Construção, de 8,7% em Combustíveis e Lubrificantes e de 8,3% em Móveis, Eletroeletrônicos e Informática.
Vale destacar que todos os segmentos apresentaram aumento no acumulado do ano. Os economistas da Serasa Experian explicam que o resultado do acumulado confirma a trajetória de desaceleração em relação às altas acumuladas nos meses anteriores (de 9,5% de janeiro a agosto e de 9,4% de janeiro a setembro).
Já na comparação anual, também não houve nenhuma retração e a alta de 6,9% foi impulsionada, sobretudo, pelos segmentos de Material de Construção (8,8%), Combustíveis e Lubrificantes (7,8%) e Veículos, Motos e Peças (7,6%).
Efeitos do aperto monetário
Os economistas afirmaram que o resultado de outubro reflete os efeitos defasados do aperto monetário que vigorou no País entre dezembro de 2010 e o final de agosto deste ano. “Com exceção do segmento de combustíveis e lubrificantes, todos os demais segmentos varejistas que experimentaram recuo em outubro são setores nos quais o crédito é um impulsionador relevante para os negócios. Além disto, o agravamento do quadro externo também contribuiu para afugentar os consumidores de novas operações de crédito, visando ao consumo”, analisam.
Sobre o índice
O indicador da Serasa tem como base o banco de dados da Serasa Experian. A partir da metodologia de cálculo do PIB, apresentada pelo IBGE em 2007, na qual o comércio passou a ser, individualmente, o setor com maior participação na geração do valor adicionado da economia brasileira, respondendo por 11%, a entidade percebeu que é de fundamental importância dispor de mais indicadores, destinados a mensurar a evolução deste setor da atividade econômica do País.
Por: Viviam Klanfer Nunes
Fonte: InfoMoney
4
novembro 2011