O presidente do Conselho de Altos Estudos e Avaliação Tecnológica, deputado Inocêncio Oliveira (PR-PE), e o deputado Ariosto Holanda (PSB-CE) defenderam há pouco a capacitação tecnológica da população brasileira e a assistência tecnológica para as micro e pequenas empresas. Para Inocêncio, as microempresas têm condições de competir se tiverem capacitação tecnológica. Ele afirmou também que o analfabetismo tecnológico é pior do que o analfabetismo educacional, por ser ainda mais excludente.
Inocêncio Oliveira também defendeu a criação de cidades digitais, com internet de banda larga disponível para toda a população. Além disso, ele afirmou que o Brasil precisa produzir seus próprios softwares.
As declarações foram dadas em seminário sobre a extensão tecnológica no País, que está sendo promovido pela Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática; pelo Conselho de Altos Estudos; e pela Comissão Especial do Plano Nacional de Educação (PNE - PL 8035/10). O evento ocorre no auditório Nereu Ramos.
O deputado Ariosto Holanda, que sugeriu o debate, destacou que 720 mil micro e pequenas empresas são abertas por ano no País, mas 650 mil são fechadas. “Muitas pequenas empresas fecham porque não conseguem inovar, e não conseguem porque estão distantes de centros de conhecimento, como universidades e escolas técnicas”, afirmou.
Holanda também destacou a importância da capacitação tecnológica da população, inclusive da parcela que não tem educação formal. Para ele, esse é o caminho para a desconcentração de renda no País. Segundo o parlamentar, essa capacitação poderia ser feita por meio dos Centros Vocacionais Tecnológicos (CVT).
O deputado defendeu a meta de que, ao final do governo Dilma Rousseff, cada uma das instituições federais de ensino brasileiras tenha um CVT. Holanda informou ainda que, ao final do seminário, será divulgado manifesto pela criação de uma rede de extensão tecnológica no País.
18
agosto 2011