VAREJO: 5 DICAS PARA RECORRER AO CRÉDITO SEM SE ENDIVIDAR

 

Apesar de muitos empresários enxergarem a prática como perigosa, se utilizado de forma correta, o crédito pode ajudar a alavancar os negócios

Investimento em estoque, capital de giro ou fluxo de caixa. O crédito sempre foi um aliado dos varejistas de todos os portes para ajudar a escalar os negócios e a situação não é diferente diante da crise econômica decorrente da pandemia. Segundo a Pesquisa Fintechs de Crédito Digital da PWC em conjunto com a Associação Brasileira de Crédito Digital (ABCD), somente em 2022 as fintechs concederam mais de R $12 bilhões em crédito – 96% a mais do que o oferecido em 2021.

Caminhando na mesma velocidade do mercado, a Trademaster, fintech especializada em soluções financeiras e de crédito B2B, também  viu o volume de concessão de crédito crescer: entre julho de 2021 e julho de 2022, as operações registraram aumento de mais de 144%, o que demonstra um movimento de recuperação do setor.

“Ter o estoque abastecido e contar com bons prazos na hora de buscar crédito é fundamental, especialmente para o pequeno e médio varejo. Atualmente o mercado oferece opções que ajudam os empreendedores a alavancar as vendas de toda cadeia de distribuição, mas é preciso considerar as melhores condições comerciais de compra oferecidas no momento da escolha”, explica Francisco Pereira, CEO e fundador da Trademaster.

Para ajudar o varejista a recorrer ao crédito sem se endividar, a Trademaster separou 5 dicas sobre o que é importante estar atento antes de pedir ajuda ao mercado.

Confira:

1 – Defina quais são os objetivos do crédito

O crédito tende a ter diferentes finalidades em um negócio e ter um objetivo bem definido é fundamental para que a concessão venha de uma forma saudável e sem significar endividamento. Além disso, algumas opções oferecidas pelo mercado somente são concedidas para um determinado fim específico, que é pré-alinhado com a financeira, ou seja, o dinheiro só pode ser utilizado pelo varejista  na compra de mercadorias para abastecer o estoque, por exemplo.

2 – Tenha um controle de caixa e estoque eficiente

Ter um negócio financeiramente saudável e entender quais são suas demandas são atividades que dependem diretamente de como a empresa está sendo gerida. Para isso, uma boa forma de evitar o endividamento é buscar ter um bom controle sobre o fluxo de caixa, antes que a situação vire uma “bola de neve”. “Faça balanços semanais sobre as saídas e entradas e as alinhe com o fluxo de estoque para ter previsibilidade sobre a necessidade ou não de reposição e quanto há, de fato, disponível para novas compras”, recomenda Pereira. O uso de planilhas ou softwares que ajudem a entender esse cenário podem ser recursos úteis nesse sentido.

3 – Procure opções que se encaixam na sua realidade

O mercado oferece hoje uma infinidade de opções de crédito que vão desde instituições financeiras tradicionais até as fintechs. Aqui, é fundamental escolher a alternativa que melhor condiz com o momento da empresa. “Nem sempre procurar pelo banco no qual já se é cliente pessoa física pode funcionar para o seu negócio. Muitas fintechs, por exemplo, contam com  limites pré-aprovados para as PMEs. Atualmente, o mercado oferece soluções com condições de pagamento que permitem ao pequeno e médio empreendedor, um maior respiro para o fluxo de caixa. Por isso, antes de buscar soluções, faça uma pesquisa por instituições que empoderem o varejista com a oferta de linhas de crédito que ofereçam condições de prazo que se alinhem à realidade do negócio”, aconselha Pereira.

4- Busque novos fornecedores

Algumas linhas de crédito contam com parceiros conveniados, o que pode representar ao varejo um limite de compras pré-aprovado para gastar em determinados fornecedores. Na prática, isso significa um gerenciamento de estoque mais eficiente, uma vez que o varejista  consegue ampliar a variedade de produtos, evitando assim prateleiras desabastecidas. “Portanto, tão importante quanto contar com uma boa linha de crédito é buscar fornecedores que aceitem as soluções oferecidas por ela, o que ajuda a reduzir a taxa de inadimplência já que a oferta de prazos costuma ser maior”, explica Pereira.

5 – Veja o crédito como crescimento e não socorro

Por cultura, o brasileiro atrela o crédito a situações em que não é possível honrar as dívidas e compromissos assumidos, como se apenas pessoas ou empresas endividadas necessitassem de empréstimo. “É preciso mudar essa mentalidade. Os varejistas precisam começar a enxergar a concessão de crédito como oportunidade de crescimento. Para isso, invista em planejamento e olhe para o futuro buscando entender onde moram as oportunidades para o seu negócio. Com acesso ao crédito, é possível buscar novos parceiros, diversificar a oferta de produtos, e como consequência refletir em um aumento de receita”, finaliza Pereira.

Danielle Ruas


Fonte: Portal Dedução
Postado por Fatto Consultoria